O Ponto de Mutação, do físico e escritor inglês, Fritjof Capra
Esse novo paradigma (que já não é tão novo) propõe uma visão interligada das áreas do conhecimento, considerando as artes, as ciências, bem como a sabedoria popular das várias culturas. Tudo está interligado e, desta forma, uma pequena interferência numa área da vida afeta outras tantas situações.
Um exemplo que ilustra esse tema foi o que presenciamos em janeiro de 2019: os desastres ambientais em Brumadinho - MG e anteriormente, em Mariana - MG. Ao explorar os minérios do solo, a não ser que todos os cuidados sejam tomados, há um grande risco de gerar degradação e impactos ambientais gravíssimos; não há como visar o lucro a qualquer preço sem colocar vidas em risco. Há que se considerar que fazemos parte de um todo, interligado. Assim é com a nossa saúde (mental, física, emocional, energética...) e também, com a nossa sociedade.
Ao observarmos as florestas, os rios ou os oceanos é mais fácil verificar essa inter-relação; nas cidades, há tanta desconexão, poluição, cenários artificiais e estresse nos ambientes de trabalho que nem sempre percebemos de imediato as consequências das nossas escolhas.
Numa obra anterior, O Tao da Física, original de 1975, o autor compara os conceitos e descobertas da física ocidental com a sabedoria das tradições orientais.
Ambos são livros valiosos e trazem reflexões atuais, considerando que ainda há muito o que se superar em relação às consequências desastrosas que a visão fragmentada e desconectada de mundo ainda tem gerado.
p.s.: há um filme homônimo, gravado em Saint Michel, na França, em que três personagens, um político frustrado, um professor de literatura e poeta e uma cientista da área da física, conversam e refletem sobre os temas abordados no livro.
Filme: O Ponto de Mutação, 1990



Muito bom!
ResponderExcluirOi, Vivian! Muito obrigada! 📚🌺
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