Eu devia ter uns 9 ou 10 anos quando li um trecho do clássico Vinte Mil Léguas Submarinas num livro didático de Língua Portuguesa. A ilustração em preto e branco mostrava o submarino Náutilus e as maravilhas do fundo do mar. Através do gênio inventivo do Capitão Nemo, o célebre escritor francês Júlio Verne (1828 - 1905) nos presenteou com este clássico da literatura mundial com a publicação em 1870.
É interessante lembrar que Júlio Verne traz o Capitão Nemo de volta na obra A Ilha Misteriosa, publicada em 1874.
Os clássicos de Júlio Verne são excelentes leituras para os jovens de todas as idades, apreciadores da ficção científica e de uma boa aventura.
Entre as obras mais conhecidas de Júlio Verne, podemos citar também Viagem ao Centro da Terra (1864), A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (1872) e O Raio Verde (1882).
Além de apreciar os seus livros, tenho me tornado colecionadora, digamos assim, pois não resisto a alguma edição perdida no tempo, de algum clássico verniano que encontro nos sebos e livrarias.
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Outro livro que descobri através de um trecho de leitura em livro didático quando estava na 2a série do Ensino Fundamental e que me encantou foi O Menino do Dedo Verde publicado em 1957, do grande escritor francês Maurice Druon (1918 - 2009).
Quando o autor nasceu, a Primeira Guerra Mundial estava próxima do fim e, ao completar os seus vinte e um anos, presenciou o início da Segunda Guerra Mundial. Foi combatente até 1941 e depois, fez parte das Forças da Resistência e do serviço de informações França Livre, em Londres. Podemos imaginar que suas experiências no contexto das guerras tenha inspirado a escrever um livro que trata, de forma tão graciosa, a força do amor da esperança e os perigos de um mundo cuja ênfase seja o belicismo, ao descrever a fábrica de armamentos que é o centro econômico da cidade em que Tistu reside com a família.
Nesta fábula, Tistu é um menino que nos coloca diante dos paradoxos e incoerências do mundo dos adultos e traz reflexões sobre questões éticas, desde o belicismo até as relacionadas ao meio ambiente. Aos poucos, Tistu descobre que tem um toque "mágico" e "verde", ou seja, transforma as coisas que toca e assim, enche de cores e esperanças os lugares por onde passa.
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Na lista dos livros infanto-juvenis, aproveito para prestigiar O Segredo do Sótão (2020) da querida amiga, professora de Educação Física e escritora catarinense, Gladys Rosa.
Uma história gostosa de ser lida, divertida, capítulos bem encadeados, com gostinho da infância. Evocam as lembranças de quando passávamos as férias na casa dos avós ou em algum sítio da família. A vida que acompanha os ritmos da natureza, o carinho dos avós, o cheirinho do bolo assando no forno e as brincadeiras ao ar livre com os primos. Nesse cenário acontece a trama, uma busca por algo misterioso que existe no sótão da casa da avó de Aderet, uma menina curiosa e cheia de vida. Com suas ideias mirabolantes, coloca o primo em apuros. A narrativa se passa nos anos 60 e o contexto histórico e político do Brasil daquela época está presente.
Mas o que é que haveria de tão importante e especial no sótão da casa da avó?
As ilustrações ao longo do livro são da própria autora.
O Segredo do Sótão, Gladys Rosa. Florianópolis: Editora Insular, 2000.
Link da Editora: https://insular.com.br/produto/o-segredo-do-sotao/
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Esses são alguns dos livros que recomendo para crianças e jovens de todas as idades!
Obrigada pelas ideias criativas de leitura.
ResponderExcluirAgradeço o feedback! Boas leituras! 📚✨
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